20 de jun. de 2012

Reportagem, fonte de pesquisa

   

  Nem sempre damos o devido valor aos jornais, às reportagens do dia a dia. Lemos e esquecemos. Muitas vezes não nos ocorre que uma reportagem, como relato presencial dos fatos, possa ser  fonte de pesquisa histórica. Importantes acontecimentos  registrados por jornais ou revistas podem documentar determinados aspectos  de uma época, o que  nem sempre aparece em outras fontes. Em consequência disso, o  Arquivo Histórico de Porto Alegre, a exemplo de  outras instituições arquivísticas, tem recebido  muitos pesquisadores  que utilizam jornais como fonte preferencial
       No entanto, o suporte jornal é mais perecível, o que dificulta  a conservação, problema que pode ser resolvido,em parte,pela digitalização das hemerotecas(coleções de periódicos).Outra solução, parcial, mas duradoura, é publicar em livro antologias de reportagens historicamente relevantes. Alguns jornalistas do extinto Coojornal  selecionaram 33 reportagens realizadas durante a ditadura  para o livro cooJORNAL- um jornal de jornalistas sob o regime militar. Não se pode negar  a importância da memória oral (individual e coletiva)mas a escrita transcende a nossa  existência finita.   
         Alguém se lembra do caso dos pés cortados?Nos anos 60, um caso de prisão e tortura de presos comuns foi registrado  em reportagens, cujas denúncias resultaram em investigação e punição dos “justiceiros”.Na esfera internacional, o destaque era 
a Guerra no Vietnã. Nos anos 70,o sequestro do  Cônsul brasileiro no Uruguai pelos tupamaros, nos  80, os brasiguaios e o caso Julio Cesar, o homem errado,executado pela polícia,ganharam destaque nas reportagens. Nos anos 90, a prostituição infantil, a corrupção no governo Collor,os meninos que moravam em bueiros,o motim no presídio de  Charqueadas, o escândalo da Febem  e o massacre do Carandiru 




                                                                                                                                                                                                                       
 são alguns destaques da década. Em 2005, se noticiava uma grande seca no Rio Grande do Sul e o furacão Katrina  nos   Estados Unidos. Em 2008, o crack já era considerado epidemia. E assim, o texto jornalístico conta um pouco da história dos indivíduos e da sociedade, desde os fatos locais até os internacionais. Estes relatos estão no livro  45  reportagens que fizeram história,doado para a biblioteca do AHPAMV,da RBS Publicações,com edição de Itamar Melo,Moisés Mendes e Nilson Mariano.


 

 






 

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