Preocupação com documentos das câmaras
dos períodos colonial e imperial motivou seminário organizado pelo Arquivo
Histórico Moysés Vellinho
Um seminário organizado pelo Arquivo Histórico de
Porto Alegre Moysés Vellinho reuniu durante todo o último dia 7 de outubro mais
de uma centena de estudantes, professores, representantes de municípios e
especialistas da área de preservação documental para debater políticas de gestão
documental, preservação e salvaguarda de documentos, bem como transparência e
acesso à informação.
O encontro se realizou na Cinemateca Capitólio e foi
aberto pela coordenadora do CONARQ – Conselho Nacional de Arquivos - Domícia
Gomes. Logo após, o professor da Universidade Federal de Santa Maria, Daniel
Flores, fez uma minuciosa apresentação do sistema ICA-AtoM e sobre “acesso à
informação, transparência ativa e certificação de documentos através da
plataforma arquivística em software livre para arquivos na Internet”.
Também sobre o papel dos arquivos no direito à
transparência e acesso à documentação pública, na parte da tarde, foi a vez do
arquivista e historiador Alexandre Veiga. Ainda dentro da programação de
palestras falaram a professora de História da UFRGS Helen Osório e o
historiador responsável pelo Memorial da Câmara dos Vereadores de Porto Alegre,
Jorge Alberto Soares Barcellos. Estes dois últimos focando mais na importância
da documentação das câmaras na História do Brasil.
LANÇAMENTOS
Aproveitando a ocasião, foi lançado o “Guia de Fundos
das Câmaras Municipais do Rio Grande do Sul: Períodos Colonial e Imperial –
1747 a 1889”, disponibilizado no site da Prefeitura de Porto Alegre, Secretaria
Municipal da Cultuira, Coordenação da Memória Cultural, em:
MUNICÍPIOS
Vários representantes de outros municípios criados nos períodos colonial e imperial participaram do evento, que teve um momento de apresentação dos resultados do projeto “Câmaras Coloniais e Imperiais do Rio Grande do Sul”, promovido pelo Arquivo Moysés Vellinho em parceria com outras instituições arquivísticas e de memória do Estado e também da UFRGS.
Numa segunda etapa do projeto, os objetivos principais
são a identificação, a digitalização e a catalogação de todos os documentos
gerados nos municípios que já existiam antes da Proclamação da República. A
maior parte desta documentação hoje está dispersa em diferentes instituições de
memória. A catalogação, por exemplo, facilitará o acesso de pesquisadores e o
aprofundamento dos estudos históricos.
SAERGS e CAU
Para buscar recursos que possibilitem a digitalização
e catalogação dos documentos identificados pelo projeto “Câmaras”, a Secretaria
Municipal da Cultura, através do Secretário Roque Jacoby e do Coordenador da
Memória, Luiz Antônio Bolcato Custódio, firmaram no final do seminário um
convênio de cooperação com o SAERGS (Sindicato dos Arquitetos no Estado do Rio
Grande do Sul) e com o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo). As duas
entidades irão colaborar para a realização desta segunda etapa representando o
projeto em editais de investimentos públicos e privados em programas de
preservação da memória e junto às leis de incentivo à cultura.
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