2 de mai. de 2013

O perigo dos desastres nos arquivos

      Os desastres decorrentes do fogo e da água são  alguns dos maiores e mais temidos perigos nos acervos. Os danos podem ser resultantes, muitas vezes, de causas naturais, como vulcões e fortes tempestades ou também, da falta de manutenção adequada das instalações prediais e equipamentos.

No caso dos incêndios, as causas podem ser as descargas elétricas, raios, vazamento de gás e improvisações nas instalações elétricas. Por sua vez, as inundações podem ser consequências de calhas entupidas, destelhamento e rompimento de tubulações. Nesse sentido, destaca-se a importância de um Plano de Emergência a fim de orientar o correto salvamento do acervo em situação de calamidade como essas.

Quanto ao fogo, é um perigo ainda maior, pois muitas vezes deixa danos irreparáveis, visto que os documentos ficam queimados, e a fumaça e a fuligem se espalham deixando os documentos manchados.
Algumas recomendações incluem um acurado programa de proteção contra incêndios, a instalação de equipamentos de detecção de fumaça e controle de fogo e ainda, outra orientação de grande importância: cuidado com o uso de água para combater o fogo, pois ela poderá aumentar o estrago visto que teremos também um possível problema de inundação.

Imagem 1 – Acervo danificado pelo fogo


     Já os documentos molhados tornam-se vulneráveis a graves perdas também. Eles poderão sofrer deformações, enrugamentos, escorrimento das tintas, dissolução de colas, apodrecimento, formação de “tijolos” com páginas coladas umas nas outras e ainda, em decorrência da umidade, poderá ocorrer a formação de mofo nos documentos. Uma prática bastante comum é a de colocar os documentos molhados ao sol, mas esse não é o procedimento correto, pois teremos o processo de oxidação que poderá, por exemplo, deixar o papel amarelado ou esmaecer as tintas.
DICA: Para saber como agir em casos de acervos atingidos pela água, leia a publicação do Conselho Nacional de Arquivos: “Recomendações para o resgate de acervos arquivísticos danificados por água”.

Imagem 2 - Acervo danificado pela água





Imagem 3 – Tratamento pós-inundação


Infelizmente,com certa frequência,acompanhamos na mídia notícias de acervos perdidos devido a essas calamidades. Algumas não temos como evitar, mas existem muitas situações  em que podemos agir preventivamente, através do estabelecimento de programas de preservação e do treinamento das pessoas para evitar os possíveis riscos existentes. Por fim, outra medida igualmente importante:trata-se do correto tratamento efetuado “pós desastre”, que,muitas vezes,será decisivo para tentar resgatar um pouco do que ainda sobrou e evitar que todo o patrimônio documental seja perdido.


Interessou-se sobre o assunto?
Saiba mais, através das seguintes leituras:

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Recomendações para o resgate de acervos arquivísticos danificados por água. Conselho Nacional de Arquivos. 2012. Disponível em: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/resgate/recomendaes__resoluo_34.pdf

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Recomendações para a construção de arquivos. Conselho Nacional de Arquivos. 2000. Disponível em: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/Media/publicacoes/recomendaes_para_construo_de_arquivos.pdf

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Recomendações para a produção e o armazenamento de documentos de arquivo. Conselho Nacional de Arquivos. 2005. Disponível em: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/Media/publicacoes/recomendaes_para_a_produo.pdf


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Administração de emergências. Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos. 2001. Disponível em: http://www.arqsp.org.br/cpba/pdf_cadtec/20_25.pdf

Escudo Azul
Programa voltado para a salvaguarda e proteção dos bens culturais no mundo.




Fonte:
FIOCRUZ. Noções básicas de conservação preventiva de documentos. 2003. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/normas_conservacao_fio_cruz_1358966008.pdf  . Acesso em 22 abr 2013.



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