Júlio de Castilhos-
Positivismo, Abolição e República
Margaret Bakos organiza,apresenta e contextualiza os
editoriais de Julio de Castilhos no
jornal A Federação,em pesquisa que revela a gênese positivista do PRR(Partido Republicano do Rio
Grande do Sul ),suas polêmicas, suas divisões internas e o apoio
à causa abolicionista. Julio de Castilhos era defensor radical da abolição da
escravatura,sem indenização aos proprietários dos escravos,ideias defendidas
por ele, quando foi diretor do referido
jornal de 1884-1887,período da passagem
do regime servil ao livre. Em 06 de agosto de 1884 (A Federação, Ano 1 n. 180),ele escreve:”Porto Alegre carece do concurso de todos para fazer
parte do movimento libertador e poder proclamar em breve a liberdade de todos
os seus escravos.(pg102)
Uma
obra de grande relevância para o conhecimento da história do RGS, do movimento
abolicionista e da participação do positivismo como doutrina defensora da
liberdade.
BAKOS,Margaret – Júlio de Castilhos-
Positivismo, Abolição e República. Porto
Alegre:IEL:Edipucrs,2006.
Banalização da morte na cidade calada-a Hespanhola em Porto Alegre,
A
gripe espanhola,em Porto Alegre,em 1918, é tematizada pela autora através de um diálogo entre História e Medicina e a análise das consequências dessa
epidemia em todos os aspectos:cotidianos,políticos,médicos,econômicos e
comportamentais. O estudo remonta às pandemias e epidemias gripais nos séculos
passados. No RGS,a precariedade da infraestrutura urbana como rede de esgotos e
abastecimento de água agravou a situação provocada pela epidemia. O serviço
público de saúde revelou-se ineficaz para
o enfrentamento da doença,e o governo adotou medidas emergenciais para o controle dessa e de outras doenças,o
que agravou o quadro da crise sanitária e dos limites dos conhecimentos
médicos. Por último, a autora faz uma reflexão sobre a SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) e as endemias
como dengue,esquistossomose,doença de Chagas e outras, finalizando com alguns
questionamentos sobre o impacto dessas doenças para a sociedade,a
responsabilidade do poder público e as mudanças que podem ocorrer em decorrência
dessas enfermidades. Esses são os pontos
comuns entre os diversos momentos históricos.
ABRÂO,Janete Silveira. Banalização da morte na cidade calada-a Hespanhola em
Porto Alegre,1918.Porto
Alegre:EDIPUCRS,2009.
Cemitérios
do Rio Grande do Sul-Arte-Sociedade-Ideologia
Publicação organizada por Harry Rodrigues Bellomo, faz uma análise dos
vários aspectos-religião, memória, arte, etnias e classes sociais-que se revelam
nos cemitérios. Os túmulos,esculturas,mausoléus e alegorias nos contam
histórias, histórias dos mortos, das famílias, da pobreza ou da riqueza, da
arte e do contexto social,político e
histórico. O organizador e sua equipe acadêmica
escreveram esta obra como resultado de muitos anos de pesquisa e nos
oferecem um estudo bastante abrangente e elucidativo de uma realidade
histórica contada pelos
monumentos aos morto. Esse grupo existe desde 1997 e se reúne semanalmente para discutir as
pesquisas realizadas e planejar palestras e publicações sobre o assunto. Em
suma, o resultado de tanta dedicação materializada nesta obra é o de
consolidar o conceito do cemitério como fonte histórica. A leitura da
publicação agrega conhecimento diversificado e
estimula o leitor a olhar os
cemitérios de uma forma humanística, que transcende a definição de lugar dos mortos.É mais que
isso, é lugar de memória, não só de indivíduos, mas de uma época.
BELLOMO,Harry
Rodrigues.org, Cemitérios do Rio Grande do Sul-Arte-Sociedade-
Ideologia.2. ed rev e ampl.-Porto Alegre:EDIPUCRS,2008.
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