No livro editado
pela Secretaria Municipal da Cultura,O
aniversário de Porto Alegre,o historiador e arquiteto Riopardense
de Macedo narra a evolução deste debate,os
posicionamentos das instituições e dos historiadores e o resultado traduzido na
lei acima mencionada.
Existem várias
versões para a fundação da
Cidade,
inclusive a de que Porto Alegre teria
sido destruída por um vulcão em 1654 e depois reconstruída em 1740.No início, o
centro do debate era ocupado por duas datas: 05 de novembro de 1740,dia da assinatura da concessão
provisória das sesmarias de Jerônimo de Ornelas, e 24 de julho de 1773,dia da
transferência da Câmara de Vereadores, de Viamão para Porto Alegre.
Uma outra data
foi defendida pelo IHGRS: 26 de março de 1772. Sobre esta
data,o item 7 da “Síntese Cronológica da
Evolução da Capital,de 1725 a 1925”, de autoria de Amyr Borges Fortes,diz o
seguinte:
Com data de 26 de março de 1772 um Edital Eclesiástico elevou a capela de Francisco dos Casais,à categoria de Freguesia,desmembrando-se da freguesia
Em novembro de 1740, o que
aconteceu foi a expedição de um título
de propriedade a Jerônimo de Ornelas, o
que não condiciona o início de uma
povoação. Então, o sesmeiro não foi nem povoador nem colonizador. Já a
transferência da Câmara de Viamão para
Porto Alegre,tornando-a sede do governo,encontra uma comunidade constituída
pela Freguesia,que batizava,registrava os nascimentos e óbitos,celebrava casamentos, dando unidade espiritual e civil
ao povoado.
Esta rica
polêmica começa com o pedido do prefeito José Loureiro da Silva de um
parecer ao IHGRGS sobre a data de
fundação da Cidade. A data de 26 de março está
definida e é comemorada sem contestações,mas alimentou um debate entre
historiadores durante muitos anos.
Riopardense de Macedo, defensor desta
data,nos deixou no livro O aniversário de Porto Alegre um
registro fiel e documentado sobre o tema. Esta obra pertence ao acervo
bibliográfico do Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés
Vellinho e está disponível para pesquisa.