O cenário é uma biblioteca - num
prédio antigo - que está ameaçada, levando alguns adolescentes a investigar o
desaparecimento de partes da cidade. Esses estranhos acontecimentos os colocam
na mira de vampiros, e as descobertas começam: desaparecem os morros, o rio
torto, os prédio antigos. Sim, “alguém está apagando a cidade!” Serão
vampiros?
A contracapa nos informa, modestamente, que esta história “revela o
valor da leitura e a importância que os livros podem ter”. Mas há uma reflexão
ainda maior: a perda do Patrimônio Cultural da cidade que se modifica por um crescimento
que lhe toma os prédio antigos; os rios tortuosos, agora canalizados numa reta
infinita; os morros destruídos pelas pedreiras; as árvores nativas pela
exploração imobiliária.
Então, “se houver mesmo alguém
vampirizando a cidade ao invés de sangue humano, vai sugando morros, ruas,
prédios, tudo. No final habitaremos uma cidade vazia, sem passado. Sem cor.
Afinal qual será a cor da memória? Qual a cor das coisas findas, das coisas
sumidas da nossa mente?” pergunta a personagem.
É preciso uma resposta. Talvez a
cor dependa do patrimônio cultural que pudermos deixar para as futuras
gerações. Por isso a importância das bibliotecas, dos arquivos, dos museus, dos
centros culturais, das edificações históricas, dos parques naturais para que o
passado não desapareça, também, da memória dos cidadãos.
Leitura mais do que
recomendada para nossas crianças e adolescentes!
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