Um livro único, desaparecido durante
a guerra da Bósnia, volta à vida quando uma talentosa restauradora de
documentos, especialista em pergaminhos e livros medievais, desvenda seus enigmas. Uma asa de inseto,
manchas de vinho, um pelo branco, cristal de sal são pistas que vão reconstruir
as memórias desta Hagatá - um livro de Páscoa Judeu -, que contém ilustrações,
contrariando a tradição que proíbe imagens do sagrado.
O resultado é uma aventura que
fala da história como disciplina e dos suportes que a contêm, passando por reflexões sobre o trabalho de restauração documental. Nas
palavras da personagem:
“ Restaurar um livro ao que
ele era quando foi feito é falta de respeito por sua história. Penso que temos
de aceitar um livro da maneira como o recebemos das gerações passadas; e, até
certo ponto, os danos e o desgaste refletem essa história. Do modo como vejo,
meu trabalho é torná-lo estável o suficiente para que possa ser manuseado com
segurança e estudado, só consertando o que for absolutamente necessário.”
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