As instituições que custodiam bens
culturais, históricos e artísticos, em suas políticas referentes à conservação
dos acervos, também devem se preocupar com a segurança de seus prédios e
coleções.
A
atividade da conservação preventiva nestes casos, como o próprio nome indica, é
tentar prever as possibilidades de desastres (ou emergências) e todas as ações
para minimizar os riscos, assim como também a administração de uma situação de
emergência de modo a evitar ou reduzir os danos ao patrimônio cultural
envolvido. (BRAGA, G. B., 2003, p. 2)
Algumas das situações (incêndios,
inundações, desastres naturais, roubos, depredações) que colocam em risco a
integridade do patrimônio poderiam ser evitadas ou minimizadas com programas de
segurança que contemplassem ações e cuidados preventivos.
Para a elaboração de um programa de segurança, é
necessário um conhecimento profundo e detalhado da instituição a que se destina,
o seu perfil, que tipo de acervo possui e as áreas que abrange:sua linha de
atuação, missão e objetivos. Além disso, deve-se realizar um diagnóstico que
avalie a instituição quanto ao entorno, quadro funcional, aspectos financeiros,
estado de conservação do prédio e do acervo e riscos em potencial que ameacem o
patrimônio e as pessoas.
E, nesse caso, devem ser criados também planos de
emergência para as diferentes situações de risco que podem vir a ocorrer.
Um
plano de emergência tem como objetivo identificar a vulnerabilidade de um
edifício ou patrimônio cultural a situações de emergência, antecipar seus
efeitos potenciais (sobre os edifícios, coleções e comunidade), indicar como
preveni - los, atribuir responsabilidades e propor um plano de ação e de
recuperação em caso de emergências. (Ono, R.; Braga, G.B.; Lustosa, D.C., 2000, apud BRAGA, G. B., 2003, p. 2).
Plano esse que deve ser específico para cada
Instituição e de conhecimento de toda a equipe. Entretanto, para que realmente
possa ser eficaz em situações de emergência, são necessárias atualizações
periódicas e o constante treinamento da equipe.
Ainda que não se tenha como prever todas as ocorrências
que poderiam colocar em risco o patrimônio cultural preservado nas instituições
públicas e privadas, programas de segurança e planos de emergência são
fundamentais para evitar que situações previsíveis ocorram ou, caso aconteçam, os
danos decorrentes delas possam ser minimizados.
Fontes:
ROCHA,
Solange. Minicurso de Segurança em Acervos. Porto Alegre, 2011.
BRAGA, Gedley Belchior. Planos
de emergência. In: Conservação Preventiva: acondicionamento e armazenamento
de acervos complexos em Reserva Técnica – o caso do MAE/USP. Dissertação de
Mestrado. São Paulo: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo, 2003.
Inundação de biblioteca da UFRGS – janeiro de 2014
Incêndio do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - 1978
Arquivo Histórico de Colônia, Alemanha
Desabamento do Arquivo Histórico de Colônia - março de 2009
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