19 de mar. de 2014

PREVENÇÃO DE RISCOS:A MELHOR POLÍTICA DE CONSERVAÇÃO


            As instituições que custodiam bens culturais, históricos e artísticos, em suas políticas referentes à conservação dos acervos, também devem se preocupar com a segurança de seus prédios e coleções.

A atividade da conservação preventiva nestes casos, como o próprio nome indica, é tentar prever as possibilidades de desastres (ou emergências) e todas as ações para minimizar os riscos, assim como também a administração de uma situação de emergência de modo a evitar ou reduzir os danos ao patrimônio cultural envolvido. (BRAGA, G. B., 2003, p. 2)

            Algumas das situações (incêndios, inundações, desastres naturais, roubos, depredações) que colocam em risco a integridade do patrimônio poderiam ser evitadas ou minimizadas com programas de segurança que contemplassem ações e cuidados preventivos.
Para a elaboração de um programa de segurança, é necessário um conhecimento profundo e detalhado da instituição a que se destina, o seu perfil, que tipo de acervo possui e as áreas que abrange:sua linha de atuação, missão e objetivos. Além disso, deve-se realizar um diagnóstico que avalie a instituição quanto ao entorno, quadro funcional, aspectos financeiros, estado de conservação do prédio e do acervo e riscos em potencial que ameacem o patrimônio e as pessoas.
E, nesse caso, devem ser criados também planos de emergência para as diferentes situações de risco que podem vir a ocorrer.

Um plano de emergência tem como objetivo identificar a vulnerabilidade de um edifício ou patrimônio cultural a situações de emergência, antecipar seus efeitos potenciais (sobre os edifícios, coleções e comunidade), indicar como preveni - los, atribuir responsabilidades e propor um plano de ação e de recuperação em caso de emergências. (Ono, R.; Braga, G.B.; Lustosa, D.C., 2000, apud BRAGA, G. B., 2003, p. 2).
           
Plano esse que deve ser específico para cada Instituição e de conhecimento de toda a equipe. Entretanto, para que realmente possa ser eficaz em situações de emergência, são necessárias atualizações periódicas e o constante treinamento da equipe.
Ainda que não se tenha como prever todas as ocorrências que poderiam colocar em risco o patrimônio cultural preservado nas instituições públicas e privadas, programas de segurança e planos de emergência são fundamentais para evitar que situações previsíveis ocorram ou, caso aconteçam, os danos decorrentes delas possam ser minimizados.


Fontes:

ROCHA, Solange. Minicurso de Segurança em Acervos. Porto Alegre, 2011.

BRAGA, Gedley Belchior. Planos de emergência. In: Conservação Preventiva: acondicionamento e armazenamento de acervos complexos em Reserva Técnica – o caso do MAE/USP. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, 2003.



Inundação de biblioteca da UFRGS – janeiro de 2014

Incêndio do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - 1978

 


         Arquivo Histórico de Colônia, Alemanha



Desabamento do Arquivo Histórico de Colônia - março de 2009







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